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  • Writer's pictureFernanda Gaiotto

Mulheres, cientistas e guerreiras - Daniela Acosta Brito


 

MAIO DE 2020 | EDIÇÃO Nº 4

 

"A ciência me encanta pela possibilidade de enxergar o mundo sob diferentes perspectivas e, principalmente, por fazer parte da minha construção como

mulher e cidadã."



Dani, natural de Guarulhos-SP, Engenheira Florestal, mestre em Genética e Biologia Molecular, leitora assídua, fã de séries, amante de crossfit, mãe de uma cachorrinha, pesquisadora dedicada, busca sempre evoluir e fazer a diferença na ciência, tanto no sentido da representatividade como mulher, quanto no sentido de deixar sua contribuição para o meio ambiente e sociedade.

 

Qual foi seu maior desafio acadêmico?


"Acho que conseguir me entender. Porque entrei na graduação em engenharia florestal por acaso (ia fazer direito, mas pelo acaso do destino descobri a eng. florestal e me encantei) e meu ingresso no mestrado em genética foi por afinidade, porém, a ideia de seguir carreira acadêmica não era muuuito bem resolvida. Com tantas dúvidas, eventualmente, me sentia deslocada ao ver colegas super empolgados, com foco e decididos por ser o sonho de infância ou algo parecido. Isso gerava insegurança, por achar que eu ocupava espaço de alguém que sabia o que queria e poderia aproveitar melhor a experiência. Então, acho que o maior desafio foi enxergar meu potencial, aplicá-lo, vencer a insegurança e conseguir tornar todo esse trabalho em prazer e não apenas em uma obrigação para enriquecer o currículo."
 

Quais são seus planos para sua carreira?


Agora que sou egressa do grupo e, atualmente, doutoranda em Genética e Melhoramento pela UFV (não acredito até agora rs), pretendo me dedicar à pesquisa e carreira acadêmica. Até o mestrado ainda era uma incógnita (foi muito rápido a saída da graduação para a pós, muitas dúvidas sobre a decisão). Porém, a bagagem que adquiri durante o mestrado com o conhecimento, experiências, amizades e desafios me deram um gás para seguir e tentar fazer diferença na ciência.


 

Qual mulher na ciência te inspira?

Admiro muito Rosalind Franklin pela sua contribuição com a descoberta da estrutura do DNA e como ela nunca recebeu o crédito por isso, como mulher acho essencial sempre lembrar e exaltá-la. Já à nível da ciência que convivo nessa geração, não tenho como não me inspirar na Fê. Ela foi minha primeira orientadora, toda vida acadêmica sempre trabalhei com homens (ótimas experiências), porém, com a Fê consegui enxergar o amor pelo que faço só em ver como os olhinhos dela brilham ao falar da genética (até brinco com ela que brilham até ao falar de uma simples meiose kkk), pela motivação que ela dá aos membros do grupo, pela garra e pelo propósito de fazer ciência.


Qual mensagem você deixaria para humanidade?

 

Hummm... que difícil! Eu acho que alertar o ser humano para trabalhar mais a empatia e o amor ao próximo. É o que mais precisamos!

 
Dani, desenvolve atividades de pesquisa na área genética de populações e simulação de dados genéticos para espécies florestais nativas.  
Para informações e contato: danielaa.brito@gmail.com

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